domingo, 20 de fevereiro de 2011

Suicídio: Mito X Realidade

Eu estava procurando um artigo científico de mesmo tema que quero escrever esse ano numa das disciplinas da grade na faculdade e me deparei com um da Ghislaine Bouchard, com tradução feita por Marilita de Castro, que em determinado ponto do texto aponta os mitos e realidades do suicídio. Achei interessante e vou postar aqui:




Mito: Quem quer se suicidar, não avisa.
Realidade: Em dez pessoas que se suicidam, oito dão pistas de suas intenções, mesmo que sejam mínimas. O suicídio é resultado de um processo que quase sempre pode ser acompanhado, ainda que possa desenrolar-se muito rapidamente nos jovens.

Mito: Um suicida quer realmente morrer.
Realidade: O suicida deseja parar de sofrer, não quer morrer realmente. Ele hesita entre a vida e a morte e deixa aos outros o cuidado de lhe salvar.

Mito: O suicida é covarde, ou corajoso.
Realidade: O suicida não atenta contra sua vida por covardia ou por coragem, mas por que sua vida é insuportável e porque ele não vê outra solução.

Mito: Suicida um dia, sempre suicida.
Realidade: A tendência ao suicídio é reversível. O processo não dura toda vida e pode ser afastado mesmo no caso de suicidas crônicos.

Mito: A pessoa que pensa em suicídio parece necessariamente deprimida.
Realidade: Os sintomas variam em função da personalidade de cada um. Sob a aparência de um bufão ou de um 'duro na queda' pode esconder-se uma grande tristeza.

Mito: Uma melhora nos riscos de suicídio significa que o perigo passou.
Realidade: Uma pessoa que toma a decisão de se matar pode parecer aliviada e até mesmo feliz. Pode-se pensar que a crise acabou, mas é agora que se deve estar mais vigilante. A grande maioria dos suicídios ocorrem nos três meses que se seguem ao começo da melhora.

Mito: A tendência ao suicídio não é hereditária.
Realidade: Pelo contrário, se há tentativas na família, o risco é maior.

Mito: Os suicidas são doentes mentais ou loucos.
Realidade: Nem todas as pessoas que querem livrar-se da vida padecem de uma doença mental e aquelas que a padecem, nem sempre tentam o suicídio. O suicida pode estar sendo vítima de um problema emotivo temporário ou haver perdido a esperança de sair de uma situação difícil, isso não o torna um enfermo mental.

Mito: Aquele que ameaça suicidar-se não o fará, trata-se de um meio de atrair a atenção.
Realidade: A ameaça de suicídio deve ser sempre levada a sério. A pessoa que atua dessa forma está sofrendo e necessita de ajuda. Mesmo em caso de tentativa de manipulação nas mensagens enviadas, não se deve esquecer que deve haver também uma grande dose de desespero para que se chegue a tal ponto.

Mito: Os suicidas têm uma personalidade fraca.
Realidade: Não existe uma personalidade suicída típica. Contrariamente, tratam-se de pessoas cheias de energia. Freqüentemente estão atravessando enormes dificuldades (perdas, rejeição, violação, depressão, etc.). Como exemplo temos o caso da Virgína Wolf, escritora inglesa, feminista e uma mulher das mais atuantes do início deste século.

Mito: O suicídio se produz comumente em meios economicamente desfavoráveis.
Realidade: O suicídio ocorre em todas as classes sociais.

Como disse, achei bacana e resolvi postar! Só!
Beijos!

"A escolha é clara: ou não fazemos nada e permitimos que um futuro miserável e provavelmente catastrófico nos alcance, ou usamos nosso conhecimento sobre o comportamento humano para criar um ambiente social no qual poderemos viver vidas produtivas e criativas, e fazemos isso, sem pôr em risco as chances de que aqueles que se seguirão a nós serão capazes de fazer o mesmo."

B.F. Skinner

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Obesidade - Olhar Comportamental

Sinto-me na obrigação de lhes passar o link do post sobre Obesidade do blog do @AlessandroVR (twitter): www.olharbeheca.blogspot.com
Ele discorre sobre a obesidade no ponto de vista do Behaviorismo:

http://olharbeheca.blogspot.com/2011/02/obesidade.html

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Educação leva ao Ateísmo?

Hoje eu estava dando uma olhada na comunidade "Ateus e Agnósticos" no Orkut e tinha uma enquete com tal título, descrição e alternativas a serem votadas pelos membros:

Uma educação de qualidade, isenta de qualquer posicionamento religioso, está ligada ao ateísmo?

Em uma sociedade culturalmente avançada, em que a educação não esteja sucateada como a nossa, o ateísmo pode ser mais presente em uma maioria, ou não tem nada a ver a educação com a posição religiosa.

( ) Sim, a educação pode formar ateus!
( ) Não, a educação não é ligada ao ateísmo!
( ) A família é quem forma o pensamento do indivíduo.
( ) A escola doutrina o futuro pensador.
( ) A educação pode abrir caminho a novos ateus.

É aqui que lhes digo minha opinião:
Eu sinceramente não acredito que a educação tenha necessariamente uma ligação com o ateísmo. Educação no sentido de criação, é claro; É um fato que a família é realmente quem dá todo um embasamento para a formação dos pensamentos e princípios do sujeito, mas é fato também que não são só os princípios dados pela família que este sujeito terá como bagagem.
Creio que tudo depende de como o indivíduo interpreta os acontecimentos e fatos ao longo da vida. A maioria das pessoas são criadas com bases religiosas, porém nem todas se tornam religiosas ou possuem uma religião. Digo mais, nem todas as pessoas que tenham sido criadas com princípios religiosos acreditam na existência de um deus. Tornarei-me o exemplo: Minha família inteira é católica, logo, você, leitor, pode ter certeza de que fui criado com princípios catolicistas, porém sou agnóstico.
E podem existir também famílias que não são religiosas e que os filhos, quando crescerem, poderão ser praticantes de alguma doutrina.
Logo, o que quis dizer com o 'tudo depende de como o indivíduo interpreta os acontecimentos e fatos ao longo da vida' é nada mais do que o que este indivíduo, adquirindo maturidade, conhecimento suficiente e embasamento teórico de algumas coisas atribui aos acontecimentos por ele vividos CAUSAS.
Se, por exemplo, eu sei que a causa da cura de alguém enfermo é a ação do medicamento no organismo desse indivíduo, o conhecimento e o esforço dos médicos, por que atribuiria todo o trabalho a um único ser?
E existem os outros que dirão: Se eu sei que a causa da cura de alguém enfermo é a mão divina iluminando a cabeça dos médicos e a saúde desse sujeito, por que esqueceria dos relatos da bíblia e atribuiria tudo aos remédios e aos médicos?
A questão do papel da escola na educação e formação de um indivíduo enquanto um ateu ou não depende muito da pedagogia e disciplinas adotadas pela instituição. Um exemplo é a disciplina Ensino Religioso na grade de um colégio e em outro colégio essa disciplina não ser dada, o que me faz voltar a dizer: depende da interpretação do indivíduo. É a mesma questão da família. O sujeito pode ou não atribuir causas a Deus ou à Ciência, por exemplo. Depende muito da visão que cada indivíduo tem de si mesmo, dos outros e do mundo ao seu redor.
E é assim que concluo o post de hoje!

Beijos!

*é visto que MUITAS pessoas têm dificuldade em discernir ou até mesmo não saberem a diferença entre o Ateu e o Agnóstico. Segundo o meu professor de Filosofia do ano passado, Rubem Mariano, formado em Teologia, Filosofia e Psicologia, a diferença é essa:
Ateu: Não acredita no deus que lhe é apresentado;
Agnóstico: Não acredita em nada fora do mundo físico.
E é por essa definição que eu pude me perceber e me definir como sendo agnóstico.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Obeligência

Três professoras, duas de português e uma de matemática, foram desaprovadas em concursos públicos.
Será que foi por que elas não conseguiram atingir a pontuação necessária para serem aprovadas? Não. Elas conseguiram pontuação suficiente...
Então, o que as fizeram reprovar?
Elas foram desaprovadas por serem obesas, o que nos leva a indagar:
O que é obesidade?
Segundo o site BANCO DE SAÚDE, "obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de peso, ocasionado por um grande acúmulo de gordura corporal. A técnica mais utilizada para diagnóstico da obesidade é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC)."
Essas três professoras, mesmo sendo obesas, não têm problema algum de saúde (o que é confirmado por outros exames). A justificativa dos médicos é de que elas virão a ter problemas de saúde decorrentes da obesidade. Tudo bem, pode até ser que venham a ter mesmo. Obesidade prejudica a saúde, isso é fato e contra fatos não existem argumentos, porém, fumantes também podem vir a ter problemas de saúde causados pelo tabagismo e ainda assim são aprovados. (Entendem onde eu quero chegar?)
O ponto-chave disso tudo é o nosso conhecido PRECONCEITO.
Pra quem não sabe, preconceito é, segundo o dicionário, uma:
1. Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.
2. Opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos = intolerância
3. Estado de abusão, de cegueira moral.
4. Superstição.

Em outras palavras: BURRICE/IGNORÂNCIA.

Essas mulheres foram vítimas de um preconceito gravíssimo simplesmente por não terem o corpo de acordo com o padrão de beleza adotado pela maioria das pessoas hoje em dia. Agora, pergunto-lhes:
O que é preciso para um professora poder exercer sua profissão?
Um corpo escultural ou inteligência?
Eu tenho uma leve impressão de que é inteligência, capacidade de passar aos alunos o conhecimento adquirido durante anos de estudo e dedicação.
Agora lhes afirmo com toda a certeza que me é cabível: inteligência e didática não se situam no formato do corpo da pessoa. Situam-se no cérebro. Mais precisamente na área frontal, no córtex pré-frontal etc.
Se não fosse isso, não teria sentido algum eu ter estudado Sistema Nervoso Central o ano de 2010 inteirinho na faculdade.
Atividades cognitivas não são realizadas pelo estômago.
Agora, eu na minha posição de estudante de Psicologia, lhes pergunto também:
O que vocês acham que aconteceu com o psicológico dessas mulheres?
O que vocês acham que acontece com o psicológico de todas as pessoas (homens, mulheres, crianças, idosos, jovens) que sofrem preconceito por serem obesas?
A maioria das pessoas acha que para se emagrecer é "só fechar a boca". Errado.
Se "fechar a boca" quer dizer fazer dieta, tudo bem. Mas será que é só isso?
Será que as pessoas que são obesas só são obesas por que comem muito? Será que não existe nada por trás de toda essa compulsividade por comida?
Posso lhes afirmar de que pode existir alguma coisa por trás disso. Pode ser um componente emocional, uma condição hormonal, a própria genética. O que nos leva a concluir de que para emagrecer não é necessário só o acompanhamento do nutricionista. É algo mais multi-disciplinar: precisa-se de acompanhamento com médico endocrinologista, com psicólogos, com o próprio profissional da educação física, pois é necessária também a prática de exercícios físicos, etc.
Percebem que não é tão fácil assim emagrecer e ter o corpo perfeito?
Se fosse assim não precisaria existir tantos métodos e métodos de emagrecimento em todos os cantos do mundo. Concordam?
Creio que a questão seja só usarmos e malharmos um pouco mais de nossas massas branca e cinzenta e não só nos preocuparmos em malhar nossa massa magra, se me permitem a sinceridade.
É aqui que lhes deixo para usarem seus respectivos encéfalos!
Se não souberem, por favor, avisem que eu tento lhes mandar um manual de instruções! Não que eu tenha precisado de um, logicamente! Mas é bom ser precavido! ;-)
Beijos!

Fontes usadas:
http://www.bancodesaude.com.br/obesidade/o-que-obesidade
http://www.priberam.pt/

É como dizem:

"Vai ter que me engolir! E engolir é fácil, quero ver é me cag*r!"
Ninguém nunca lê o que eu escrevo aqui.