Às vezes, me pergunto até que ponto a monstruosidade de alguém pode chegar em relação ao outro.
Uma pessoa que se mostra extremamente apaixonante e preocupada não passa de alguém que te usa somente pra ter o "ego massageado". Mas eu não sirvo mais pra isso.
Não é minha culpa você ter uma auto-estima tão baixa a ponto de manipular o outro pra se sentir melhor.
Te cobram perfeição e você faz com que o outro te ache perfeito.
Todavia, o problema não é esse totalmente.
O problema real é usar uma pessoa iludindo-a. E não é só uma pessoa. Não sou só eu. São várias.
Ou é característica de uma psicopatia ou é muita ingenuidade achar que vai conseguir manter todos no escuro por tanto tempo.
Se existe algum aliado do homem, este, senhoras e senhores, é o TEMPO. Viver "à mercê" das contingências de reforçamento (termo técnico do Behaviorismo, perdoem-me) é o que nos faz ser quem somos e é o que define a qualidade de vida que temos ou não.
Talvez a culpa seja minha, no fim das contas. Talvez eu que tenha me deixado iludir, me deixado levar pelo comportamento verbal manipulador de outrem. Talvez eu tenha me deixado sofrer.
O problema nisso tudo é que eu senti. E ainda sinto, talvez. Eu sabia de toda a verdade, mas ainda tinha uma esperança de que alguém não poderia ser tão frio.
Mas é. Talvez seja. Nessa situação. Nessas contingências. E isso é a morte para mim.
Eu sou totalmente verdadeiro. Genuíno. Se eu sinto eu digo. E digo mesmo que esteja cometendo um erro.
Agora o que eu digo é: eu não sei o que estou sentindo. É o misto daquilo que já sentia com a decepção de confirmar uma hipótese ruim. O choro me durou horas. Mas eu tive amigos para me segurar e não me deixar cair.
A música é muito recorrente na minha vida. Existem duas músicas que expressam esse sentimento. Deixarei o trecho de uma delas:
"Sei que você gosta de brincar de amores
Mas ó, comigo não. Comigo não.
Sei também que eu não sei mais nada, nada.
Um dia você vai ouvir de alguém
O que eu ouvi de ti.
E então irá pensar como eu sonhei em vão"
Beijos, R.