O algodão da tua blusa roçando meu braço e eu
abro cada botão enquanto tua língua quente tenta controlar a minha, inquieta.
Desistente, tua boca percorre meu pescoço e a inevitável quebra do meu contato
comigo mesmo começa... Um gemido me escapa por entre os lábios ao mesmo tempo
que sinto tua respiração doce e ofegante sobre minha pele; meus dedos tremem ao
abrir os botões, a curiosidade me toma. O que me espera por debaixo desse
tecido? Perco a paciência.
Arrebento os botões que restam num só puxão e me
deparo com uma pele branca, pálida e linda, talvez me fizesse lembrar a lua,
mas meus sentidos não estão tão bons a ponto de confirmar tal alusão. Olho nos
teus olhos e tento desvendar teus mistérios, tento me colocar dentro de ti como
meus dedos se colocam entre seus cabelos, mas você os fecha e volta a me
beijar, eu correspondo e te guio contra a parede. Você puxa meu cabelo e
sussurra em meu ouvido: “na cama”. Solto um riso malicioso e te viro, colo a
mão em sua barriga e te empurro, termino de tirar sua blusa. Você se apoia com
os cotovelos e me olha nos olhos como se quisesse ler o que eu estou pensando.
Não
estou pensando. Sou puro instinto.
A racionalidade se perde quando você me olha
assim. Encontro teus lábios e desço. Exploro teu pescoço, você se contorce.
Desço para o seus peitos e minha língua se vê perdida quando encontra a barriga. Olho-te
novamente, rio e sinto meus olhos brilhando com a euforia de te ter em meus
braços, pelo menos uma vez. Beijo-te mais uma vez e continuo a fazer por toda
sua pele, sentindo cada tremor teu, cada pêlo eriçando, na língua. Procuro a fivela do teu cinto e
abro, num movimento único o botão da sua calça está aberto, enquanto desço o
zíper, colo meu rosto ao teu e sussurro em teu ouvido: “Sinta isso... respire isso”.
O tesão explode em cada poro teu e depois de ver tua pele completamente nua,
entrelaço meus membros aos teus. Você me diz, ofegando: “eu... te... adoro...”.
Olho-te no fundo dos olhos e a única coisa que consigo responder é... “Acredite
nisso”.