terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Dentro de ti


O algodão da tua blusa roçando meu braço e eu abro cada botão enquanto tua língua quente tenta controlar a minha, inquieta. Desistente, tua boca percorre meu pescoço e a inevitável quebra do meu contato comigo mesmo começa... Um gemido me escapa por entre os lábios ao mesmo tempo que sinto tua respiração doce e ofegante sobre minha pele; meus dedos tremem ao abrir os botões, a curiosidade me toma. O que me espera por debaixo desse tecido? Perco a paciência. 
Arrebento os botões que restam num só puxão e me deparo com uma pele branca, pálida e linda, talvez me fizesse lembrar a lua, mas meus sentidos não estão tão bons a ponto de confirmar tal alusão. Olho nos teus olhos e tento desvendar teus mistérios, tento me colocar dentro de ti como meus dedos se colocam entre seus cabelos, mas você os fecha e volta a me beijar, eu correspondo e te guio contra a parede. Você puxa meu cabelo e sussurra em meu ouvido: “na cama”. Solto um riso malicioso e te viro, colo a mão em sua barriga e te empurro, termino de tirar sua blusa. Você se apoia com os cotovelos e me olha nos olhos como se quisesse ler o que eu estou pensando.

Não estou pensando. Sou puro instinto

A racionalidade se perde quando você me olha assim. Encontro teus lábios e desço. Exploro teu pescoço, você se contorce. Desço para o seus peitos e minha língua se vê perdida quando encontra a barriga. Olho-te novamente, rio e sinto meus olhos brilhando com a euforia de te ter em meus braços, pelo menos uma vez. Beijo-te mais uma vez e continuo a fazer por toda sua pele, sentindo cada tremor teu, cada pêlo eriçando, na língua. Procuro a fivela do teu cinto e abro, num movimento único o botão da sua calça está aberto, enquanto desço o zíper, colo meu rosto ao teu e sussurro em teu ouvido: “Sinta isso... respire isso”. O tesão explode em cada poro teu e depois de ver tua pele completamente nua, entrelaço meus membros aos teus. Você me diz, ofegando: “eu... te... adoro...”. Olho-te no fundo dos olhos e a única coisa que consigo responder é... “Acredite nisso”.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sei

O Nando Reis lançou o CD "Sei" ano passado e uma das músicas que mais me encantaram foi a que dá nome ao álbum. A letra é incrível, como é de se esperar dele.

Sabe, quando a gente tem vontade de encontrar
A novidade de uma pessoa
Quando o tempo passa rápido
Quando você está ao lado dessa pessoa
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair


Sabe, quando a felicidade invade
Quando pensa na imagem da pessoa
Quando lembra que seus lábios encontraram
Outros lábios de uma pessoa
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali


Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa
Quando quer beijar de novo e muito
Os lábios desejados da sua pessoa
Quando quer que acabe logo a viagem
Que levou ela pra longe daqui


Sabe, quando passa a nuvem brasa
Abre o corpo, sopro do ar que traz essa pessoa
Quando quer ali deitar, se alimentar
E entregar seu corpo pra pessoa
Quando pensa porque não disse a verdade
É que eu queria que ela estivesse aqui


Sei, eu sei 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Time heals

Às vezes, me pergunto até que ponto a monstruosidade de alguém pode chegar em relação ao outro.
Uma pessoa que se mostra extremamente apaixonante e preocupada não passa de alguém que te usa somente pra ter o "ego massageado". Mas eu não sirvo mais pra isso.
Não é minha culpa você ter uma auto-estima tão baixa a ponto de manipular o outro pra se sentir melhor.
Te cobram perfeição e você faz com que o outro te ache perfeito.
Todavia, o problema não é esse totalmente.
O problema real é usar uma pessoa iludindo-a. E não é só uma pessoa. Não sou só eu. São várias.
Ou é característica de uma psicopatia ou é muita ingenuidade achar que vai conseguir manter todos no escuro por tanto tempo.
Se existe algum aliado do homem, este, senhoras e senhores, é o TEMPO. Viver "à mercê" das contingências de reforçamento (termo técnico do Behaviorismo, perdoem-me) é o que nos faz ser quem somos e é o que define a qualidade de vida que temos ou não.
Talvez a culpa seja minha, no fim das contas. Talvez eu que tenha me deixado iludir, me deixado levar pelo comportamento verbal manipulador de outrem. Talvez eu tenha me deixado sofrer.
O problema nisso tudo é que eu senti. E ainda sinto, talvez. Eu sabia de toda a verdade, mas ainda tinha uma esperança de que alguém não poderia ser tão frio.
Mas é. Talvez seja. Nessa situação. Nessas contingências. E isso é a morte para mim.
Eu sou totalmente verdadeiro. Genuíno. Se eu sinto eu digo. E digo mesmo que esteja cometendo um erro.
Agora o que eu digo é: eu não sei o que estou sentindo. É o misto daquilo que já sentia com a decepção de confirmar uma hipótese ruim. O choro me durou horas. Mas eu tive amigos para me segurar e não me deixar cair.

A música é muito recorrente na minha vida. Existem duas músicas que expressam esse sentimento. Deixarei o trecho de uma delas:

"Sei que você gosta de brincar de amores
Mas ó, comigo não. Comigo não.
Sei também que eu não sei mais nada, nada.
Um dia você vai ouvir de alguém
O que eu ouvi de ti.
E então irá pensar como eu sonhei em vão"
 

Beijos, R.

O vinho (repostagem)

E esse vinho me fazendo pensar em como seria bom ter você aqui do meu lado...
Beijando minha boca, mordendo meus lábios, acariciando meus cabelos.
Você cada vez mais perto de mim... a ponto de sentir tua pele atravessando a minha.
Teus cabelos roçando meus braços enquanto me beija... sua língua esgrimando a minha.
Quero seus olhos sendo espelhos do meu, quando abertos; seus olhos me falando tudo que você está sentindo enquanto eu passo meus dedos por todo seu corpo, de leve, causando arrepios. Arrepios que te fazem pedir mais de mim... e eu mais de você.
Cada vez mais. Mais perto. Mais intenso.
A intensidade do teu corpo sobre o meu; suas pernas entrelaçadas às minhas... aperto tuas coxas enquanto você sussurra o que você bem entende ao meu ouvido.
A tua respiração mais ofegante a cada toque meu enquanto sinto teus dentes encontrando meus lábios vermelhos.
O suor saindo dos teus poros encontrando o meu, frenesi de luxúria... tesão. Paixão.
Amor pra toda vida, por que não?
Que jamais acabará.

Devaneios (repostagem)

Cada pedaço teu cobrindo meu corpo, me enlouquecendo, me amando... me esquentando.
Tua pele macia e tuas mãos trêmulas ao me tocar; talvez aquele sentimento em que você fica desnorteado, aquele sentimento que te faz perder o contato com o próprio eu por alguns instantes te dominando. E estava me dominando. Quanto mais você me tocava, quanto mais você me mordia, mais eu queria. E mais precisava. Queria cada poro teu junto ao meu. Cada beijo fazia começar um novo frenesi. Uma nova vontade; cada carícia, um novo arrepio.
Tua mão percorria devagar, como se quisesse tocar e sentir cada pedaço do meu corpo... e aumentava meu desejo. Meu querer você. Seus olhos, grandes, olhavam profundamente os meus como se quisessem dizer alguma coisa muito importante. Olhavam-me com desespero de que nunca mais me teria ali...
E teria. Pra sempre.
Enquanto quisesse. Enquanto pudesse.
Sua alma pertenceria à minha e a minha à sua. Nossas vidas se cruzariam como uma.
Eu te faria a pessoa mais feliz do mundo, se me desse a oportunidade.
E na mais remota oportunidade, quereria ser a pessoa mais feliz do mundo também
E esse texto não pode expressar os sentimentos. E nenhuma palavra pode.
Só olhares.
E a falta de coragem.